Carlos Lyra, cantor e compositor conhecido da Bossa Nova faleceu na madrugada deste sábado (16/12) aos 90 anos no Rio de Janeiro. Segundo informações divulgadas por sua esposa, Magda Botafogo, o músico estava internado em um hospital na Barra da Tijuca desde essa quinta-feira (14/12). No entanto, a causa oficial da morte não foi confirmada. Além da esposa, Carlos também deixar a filha, Kay Lyra, fruto do casamento dele com a atriz estadunidense Katherine Lee Riddell, com quem foi casado até 2004.
O repertório de Carlos Lyra é gigante e inclui sucessos como ‘Você e Eu’, ‘Maria Ninguém’, ‘Primavera’ e ‘Coisa Mais Linda’, compostas ao longo de uma carreira de décadas que teve início em 1954, com a música ‘Quando Chegares’, mas que deslanchou mesmo em 1956 quando Sylvia Teles gravou ‘Menino’. Ao todo, o músico deixou sua marca com um repertório de 196 obras musicais e 355 gravações cadastradas no banco de dados da gestão coletiva no Brasil.
Desde então, as composições de Lyra já foram gravadas por João Gilberto, Nara Leão, Elis Regina, entre outros. Porém, é inegável que entre todos os grandes nomes da música brasileira, o maior parceiro de Carlos Lyra foi Vinícius de Moraes, que Lyra dizia fazer parte de sua “Santíssima Trindade”. Lyra, junto com outros nomes de peso, foi inegavelmente um dos líderes da Bossa Nova e, por consequência, um dos responsáveis por mudar o rumo da música não apenas no Brasil, mas em outros cantos do mundo também. Nas palavras de outro grande músico, Tom Jobim, “Carlinhos é o maior melodista da Bossa Nova.”
O corpo do músico será velado neste domingo (17/12), das 10h às 14h, no Memorial do Carmo, no Caju, bairro da Zona Portuária do Rio de Janeiro. A cerimônia será restrita a familiares e amigos.
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