Na tarde desta segunda-feira, 09 de junho, foi anunciado o falecimento de Sly Stone, um dos maiores nomes da história do funk. Essa triste notícia vem depois de uma longa batalha do músico contra a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), além de outras complicações de saúde, segundo seus representantes.
Nascido Sylvester Stewart no Texas em 1943, Sly descobriu seu amor e talento para a música cantando em igrejas pentecostais com a família. Depois, tornou-se DJ em São Francisco antes de formar a Sly and the Family Stone.
Sly Stone se tornou conhecido junto da icônica Family Stone ao longo das décadas de 60 e 70. Parte da revolução musical dos Estados Unidos, Sly e sua banda transformaram os rumos do funk, do soul e do rock ao fundir ritmos como R&B, gospel e psicodelia de maneira única e criativa.

Em uma época de segregação racial no país, Sly and the Family Stone foi a primeira grande banda multirracial e mista dos Estados Unidos. Um dos momentos mais marcantes da carreira do grupo, inclusive, foi sua apresentação no festival de Woodstock, em 1969.
Entre os álbuns mais influentes da banda, estão obras como Dance to the Music (1968), There’s a Riot Goin’ On (1971) e Small Talk (1974).

Apesar do enorme sucesso, Sly Stone também enfrentou problemas pessoais como dependência química, que o levaram a passar por períodos de isolamento e comportamento errático. Porém, sua música nunca deixou de inspirar novas gerações de artistas, como Prince, George Clinton, Michael Jackson, Stevie Wonder, Outkast, D’Angelo e Erykah Badu, além de ter sido usada como sample em várias faixas do hip-hop.
Após décadas sem aparecer muito, Sly finalmente voltou ao olhar público nos últimos anos, com o documentário Summer of Soul, de 2021, e sua autobiografia, lançada em 2023, Thank You (Falettinme Be Mice Elf Agin).
E agora, nos resta relembrar a resposta dada por Stone ao ser perguntado como gostaria de ser lembrado: “A música, apenas a música. Isso é tudo que sempre quis fazer.”