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‘Ainda Estou Aqui’ Faz História No Oscar 2025 Com Três Indicações

Ainda Estou Aqui foi oficialmente indicado à categoria de Melhor Filme no Oscar desse ano, um feito histórico para o Brasil, já que essa é a primeira vez que uma produção brasileira disputa a categoria principal da noite. Além disso, o longa também foi indicado para Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz (Fernanda Torres).

A produção dirigida por Walter Salles já vem fazendo história no cenário internacional desde o lançamento, atraindo a atenção do público e da crítica internacional por contar a história real da família Paiva, cuja vida foi profundamente afetada pela ditadura militar brasileira entre os anos 60 e 80. Prova disso é a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro há algumas semanas também na categoria de Melhor Atriz, na qual ela concorreu com nomes de peso da indústria internacional, como Nicole Kidman, Tilda Swinton e Angelina Jolie.

A indicação de Fernanda Torres vem 26 anos após a indicação de sua mãe, Fernanda Montenegro, na mesma categoria pelo filme Central do Brasil, também de Walter Salles. Resta saber se a filha voltará de Los Angeles com uma estatueta em mãos após a premiação, que ocorre no dia 2 de março, com apresentação de Conan O’Brien.

A surpresa entre as indicações de Ainda Estou Aqui é, sem dúvidas, a categoria de Melhor Filme, já que esta é a primeira vez que um filme brasileiro entra para essa categoria. Já na categoria de Melhor Filme Internacional, o Brasil já teve outras quatro indicações: O Pagador de Promessas (1963), O Quatrilho (1996), O Que É Isso, Companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999).

Na categoria de Melhor Filme, Ainda Estou Aqui concorre com Anora, O Brutalista, Um Completo Desconhecido, Conclave, Duna: Parte 2, Emilia Pérez, Nickel Boys, A Substância e Wicked.

Outro ponto de destaque de Ainda Estou Aqui é com certeza a trilha sonora, que foi cuidadosamente tecida por Warren Ellis, músico e compositor australiano, conhecido pelos seus trabalhos com Nick Cave e também por ter participado de outras trilhas famosas, como dos filmes Django, Back to Black e Blonde. Para além disso, é impossível falar da trilha sonora de Ainda Estou Aqui sem mencionar todas as músicas brasileiras da época que foram escolhidas para ambientar a narrativa, dialogando com o cenário político e emocional do filme. Suas composições se tornam parte da história, provocando no público sentimentos que vão do íntimo da memória ao peso da saudade.

Tim Maia, Gal Costa, Erasmo Carlos e Caetano Veloso são algumas das vozes que guiam a jornada de Eunice Paiva (Fernanda Torres) de seu papel como uma dona de casa dos anos 70 para uma das maiores ativistas dos Diretos Humanos do país. Para além de resgatar as canções ouvidas pelo rádio na época, a trilha escolhida traça um paralelo entre a arte produzida durante uma época de censura pesada e a luta de Eunice para manter viva a memória de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura.

As indicações de Ainda Estou Aqui são um grande orgulho para o país, pois além de colocar o cinema brasileiro em evidência, é também um lembrete de que histórias como essa não apenas merecem, como devem ser contadas.

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