Luther Vandross fotografado por Guzman

Documentário Luther: Never Too Much Conta A História De Luther Vandross

Luther Vandross foi (e ainda é) um dos nomes mais conhecidos do R&B, principalmente nos anos 80, e que merece ter sua história conhecida por cada vez mais pessoas. Para isso, podemos contar com o novo documentário da diretora Dawn Porter, Luther: Never Too Much.

Com acesso a mais de 80 horas de gravações de ensaios, 150 de imagens de arquivo e mais de 2.000 fotos cedidas pela gravadora Sony, Dawn construiu um filme que vai além da imagem pública de Luther Vandross com entrevistas com familiares e amigos do astro combinadas com as imagens de arquivo.

Em entrevista ao Hollywood Reporter, a diretora falou sobre os desafios de fazer o filme e como ela queria que o próprio Luther “contasse sua história o máximo possível, mesmo ele não estando mais entre nós”. Para isso, ela diz que pensou muito sobre as letras escritas por Luther, especialmente ‘Any Love’, música que fala sobre a frustração de Luther com a falta de romance em sua vida.

Luther: Never Too Much estreia em 21 de janeiro durante o Sundance Festival, quase 20 anos após a morte de Luther Vandross aos 54 anos de idade. Durante a entrevista ao HR, Porter também comentou que além de falar sobre sua influência na música, os desafios que Vandross enfrentou durante a vida também estão presentes no filme, desde a tendência a comer em excesso até sua sexualidade, que foi alvo de muita especulação durante sua vida, mas que tudo foi feito com consentimento da família.

“Não estou interessada em fazer um comercial. Isso não é um comercial do Luther. É a verdade como eu a descobri. Se tivéssemos descoberto algumas coisas pesadas, falaríamos sobre as coisas difíceis, e há algumas coisas difíceis. Ele não teve uma vida perfeita, então abordamos tudo isso. Mas eu acho que para todos nós, as lutas e como respondemos a essas lutas, essa é a história.”

– Dawn Porter falando sobre seu documentário.

Durante o filme, também veremos entrevistas com pessoas que conviveram e trabalharam com Luther Vandross ao longo dos anos. Entre eles, nomes como Marcus Miller, Mariah Carey, Nile Rodgers, Clive Davis, Valerie Simpson, Richard Marx e Jamie Foxx, que também é produtor do documentário. A única figura marcante da história do artista que ficou “faltando” foi Patti LaBelle. E a explicação da diretora para isso foi simples: “Eu tive a oportunidade de falar com ela, e eu a amo. Mas no final, adicionamos as entrevistas que realmente estavam contando coisas que ainda não sabíamos’.

Dawn Porter, diretora do documentário sentada em uma cadeira com um microfone na mão
Dawn Porter, diretora do documentário | Foto: Larry French/GETTY IMAGES

Luther Vandross lançou seu primeiro disco em 1981, Never Too Much, que foi a inspiração para o nome do documentário também. No mundo todo, ele vendeu 4o milhões de álbuns, chegou ao Top 5 da Billboard Hot 100 cinco vezes com sucessos como ‘Here and Now’ e ‘Power of Love/Love Power’, e esteve no Top 10 do R&B Chart 27 vezes, sendo que sete delas foram como primeiro lugar. Vandross também escreveu e produziu músicas para outros gigantes, como David Bowie, Aretha Franklin, Roberta Flack, entre outros. Com uma história tão rica como essa, é até difícil acreditar que Luther: Never Too Much seja o primeiro documentário sobre a vida do artista.

Ao final da entrevista, Dawn Porter nos deixa com uma citação poderosa: “Ele é a trilha sonora dos Estados Unidos, não apenas a trilha sonora dos negros”.

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